Saturday, December 8, 2012

Slaves'quarters



For centuries, the black slaves who went to Brazil from Africa to work in the plantations were forced to live in the slaves’ quarters, from where they were allowed to leave only to work or to be punished. These places don’t exist anymore, except for tourists to visit. However, many of us, independently of our skin color, still live as if we were locked in a slave’ quarter, with the difference that we are the ones keeping ourselves stuck in there. 

We forbid ourselves many things. We condemn ourselves for many more. We beat ourselves up relentless for our mistakes. We feel so much guilty about so many “sins” that we end up feeling as if we were tied with iron chains around our ankles. And we do all that voluntarily… How can we open the door of this slave quarter and go out without looking back?

Our first step should be to assume the responsibility for what we did in past lives and in this one and, at the same time, realize that it is time to let go. Keeping punishing ourselves doesn’t help the world or us. Nobody needs more sadness. We accept our mistakes and promise to love ourselves, even with all our imperfections. We look at the parts of ourselves that feel fragile, full of fears and regrets, and send them all our love. Filled with love and hope, we gather the courage to open the door of the slaves ‘quarters and walk away forever from it. Behind, we leave our ghosts that don’t serve us anymore. We walk free, proud. Outside, the sun is shining.

Senzalas


Durante séculos, os escravos negros que vieram para o Brasil da África para trabalhar nas plantações foram forçados a viver nas senzalas, de onde podiam sair apenas para trabalhar ou serem punidos. Esses lugares não existem mais, a não ser para os turistas visitarem. No entanto, muitos de nós, independente da nossa cor de pele, ainda vivemos como se estivéssemos trancados nas senzalas, com a diferença de que somos nós mesmos quem nos mantém presos lá dentro.

Nós nos proibimos de fazer muitas coisas. Nos condenamos por muitas outras mais. Nos repreendemos implacavelmente por nossos erros. Nos sentimos culpados por tantos “pecados” que acabamos com a impressão de que estamos amarrados com correntes de ferro em torno de nossos tornozelos. E fazemos tudo isso voluntariamente... Como podemos abrir a porta da senzala e sair, sem olhar para trás?

Nosso primeiro passo deve ser o de assumir responsabilidade pelo que fizemos em vidas passadas e nesta vida de agora, ao mesmo tempo que nos conscientizamos que é hora de deixar o passado para trás. Continuar nos punindo não ajuda nem a nós mesmos nem ao mundo. Ninguém precisa de mais tristeza. Aceitamos nossos erros e prometemos amar a nós mesmos, com todas as nossas imperfeições. Depois,  olhamos para as partes de nós mesmos que se sentem frágeis, cheias de medos e receios, e enviamos todo o nosso amor para essas partes. Cheios de amor e esperança, reunimos a coragem para abrir a porta da senzala e ir embora para sempre. Deixamos lá dentro nossos fantasmas, que não nos servem para coisa alguma. Saímos livres, orgulhosos. Lá fora, o sol está brilhando.
 

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Native American Prayer Meditation, by R. Carlos Nakai

FRIENDLY NOTE

My Brother

Nobody expects that you become a millionaire or a saint before the good enlightens your heart and guide your steps.

Sublime is a charity that turns into comfort.

Divine a charity that converts into radiant love.

From tiny seeds come the giant trees that sustain life.

Avoid talking about yourself.

Fulfill your duty without interfering with the tasks of others.

Do not look for praise while going about your obligations.

Do not get stuck to small things, when the overall good requires your collaboration.

Forgive offenses quietly...

(From the book "Our Book", by the Spirit Emmanuel, Francisco Cândido Xavier, posted first on the blog Alvorada Espiritual)


BILHETE AMIGO


Meu Irmão

Ninguém espera te transformes num milionário ou num santo para que o bem te ilumine o coração e dirija os passos.

Sublime é a caridade que se transforma em reconforto.

Divina é a caridade que se converte em amor irradiante.

De sementes minúsculas, procedem as árvores gigantescas que sustentam a vida.

Evita falar de ti mesmo.

Cumpre o dever que te cabe, sem intromissão nas tarefas alheias.

Não provoques o elogio no desempenho de tuas obrigações.

Não te prendas a ninharias, quando o benefício geral te reclame a colaboração.

Perdoa sem alarde as ofensas...

(Da obra "Nosso Livro", pelo Espírito Emmanuel, Francisco Cândido Xavier, postado antes no blog Alvorada Espiritual )

NATIVE AMERICAN WISDOM

“When it comes time to die, be not like those whose hearts are filled with the fear of death, so when their time comes they weep and pray for a little more time to live their lives over again in a different way. Sing your death song, and die like a hero going home.”

Chief Aupumut, Mohican. 1725


SABEDORIA INDÍGINA AMERICANA

"Quando chegar sua hora de morrer, não seja como aqueles cujos corações estão cheios de medo da morte, então quando sua hora chega eles choram e rezam para que possam ter um pouco mais de tempo para viverem suas vidas novamente de uma forma diferente. Cante sua canção de morte, e morra como um herói indo para casa.”
Chief Aupumut, Moicano. 1725